sábado, março 03, 2007

Mulheres precárias

A quarta cena envolve uma funcionária do Tribunal de Justiça, balzaquiana, solteira, ainda bem enxuta, que se mantém encarcerada no seu próprio apartamento, por vontade própria. Já chegou a causar preocupação no prédio onde reside, embora hoje seja encarada como "excêntrica", por manter-se encerrada, em auto-exílio, apartada, sem companheiro ou companhia, vivendo de si para si, fechando-se em copas tão logo chega de sua jornada na repartição do TJ. Modo de vida que elegeu para si. Segue passiva, imperturbável, sem convidar, mas também sem receber qualquer intromissão, seja de parentes ou vizinhos, em sua vida de moderna eremita. (Foto)

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