A mídia e o povo

O dia em que o povo do RN tomou
as manchetes nacionais dos políticos

Uma das melhores – e inolvidáveis – coberturas profissionais que eu vi da imprensa de Natal, numa ocasião em que os profissionais da mídia local viram-se obrigados a disputar a matéria com levas de repórteres mandados pelos principais jornais de todo o Brasil, ocorreu em maio de 1997, quando, o ex-soldado do Exército Genildo Ferreira de França, um rapaz de 27 anos, transformou-se no primeiro e único serial killer da história do Rio Grande do Norte. Aqui me valho do relato da revista “IstoÉ” de 28 de maio de 1997.
Para dar cabo de uma vez por todas à versão de que era homossexual, e que corria na cidade trazendo-lhe perturbação, principalmente quando ouvia na rua gritos de “boiola”, Genildo não se cansava de prometer vingança, projeto que ele comentava com algumas pessoas, enquanto servia bebidas no seu bar, quando dizia: “Um dia vou limpar meu nome a bala”.
Para provar que não era homossexual, boato que vinha se espalhando por toda a região, o ex-soldado provocou uma matança que deixou estarrecidos os moradores de Santo Antonio do Potengi, o pequeno distrito de São Gonçalo do Amarante, localizado na Grande Natal. Foto de Genildo França, acima.