segunda-feira, setembro 04, 2006

Chico Paraíba e a Ética em Macau

Nesse momento estávamos passando. Senti que o clima estava pesado e fui ficando em solidariedade a Luizinho, que conheço há quase trinta anos. Desde os tempos de Pastoral da Juventude e de fundação do PT e, principalmente, dos tempos duros e secos em que sofremos demais tentando organizar os colonos da Serra do Mel numa cooperativa da qual recuperamos a fábrica de sucos trazendo a Maguary para gerar 150 empregos e comprar o caju que se perdia. Eu era gerente e ele, secretário da Coopermel, naqueles tempos do plano Cruzado. Ruy Pereira, de longe me pedia pressa. Respondi que só sairia dali depois que Luizinho saísse com sua família. O ignorantão. De nome "artístico" Chico Paraíba, passou a me agredir perguntando se eu era "babão" de Luizinho. Respondi-lhe que não precisava me identificar a alguém tão insignificante quanto ele, mas que ele podia ter certeza de que eu não sou um imbecil chapado da marca dele. O idiota meteu-se a valente. Gritava histericamente, mas com o cuidado de se deixar agarrar pelos seus educados colegas de mesa. Tentou levantar-se e tive que dizer-lhe que se tivesse o atrevimento de se aproximar um metro de mim levaria uma surra que jamais esqueceria. O covardão fazia que vinha, mas não vinha. E passei a qualificá-lo dentro dos limites da verdade: moleque, cafajeste, beberrão cretino e boca podre. Currículo que uma banda da cidade me confirmou nas duas horas em que ainda fiquei na querida Macau. Estupefato fiquei quando soube que o pústula é secretário de Cultura de Macau.
Ainda Chico Paraíba
Depois de trinta anos de vida dedicados à cultura como escritor, professor, poeta, jornalista, dramaturgo, membro da Comissão Estadual da Lei Câmara Cascudo por cinco anos, membro do Conselho Diretor da Fundação José Augusto por quatro anos, membro do Conselho Municipal de Cultura de Mossoró por oito anos e da Academia Mossoroense de Letras, além de estar praticamente eleito membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com posse sendo agendada para fevereiro próximo, isso depois de estar vindo de duas palestras que ministrei no Congresso Brasileiro de Folclore, fiquei sem entender o que é que se considera cultura na gostosa cidade de Macau.

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