segunda-feira, setembro 04, 2006

Chico Paraíba e a Ética em Macau

Ainda Chico Paraíba II
E fui passando pela memória um filme. Lembrei que há poucos anos como conselheiro da Lei Câmara Cascudo, analisei e aprovei o projeto de um teatro excelente para Macau, tive o meu parecer aprovado por unanimidade e a obra de 430 mil reais foi patrocinada pela Lei Câmara Cascudo. Lembrei que também foi um parecer meu que aprovou o fantástico Rancho Cultural de Subhadro e que também foi financiado pela Petrobras, no valor de 700 mil reais. Que ministrei um curso de teatro há poucos meses dentro da programação do Festuern do qual fui coordenador artístico e conheci gente fantástica da vida educacional e artística de Macau, inclusive Tião Maia, ator, autor, diretor de teatro e músico. Lembrei que em 1991 fiz uma pós-graduação em Leitura e Produção de Textos e tinha como colegas pelo menos três ou quatro professores de Macau, gente excelente, que convivi com um militante e poeta como o histórico Floriano Cavalcanti.
Ainda Chico Paraíba III
Se tudo aquilo ainda era pouco, me veio à lembrança que aquela era a terra onde José Mauro Vasconcelos morou, trabalhou e escreveu seu melhor romance, Barro Blanco, contando a vida e a luta dos homens do sal e do mar. Lembrei que ali trabalhou Francisco Menescal, pai de Roberto Menescal que, ainda criança, bebeu inspiração nas ondas do mar macauense para depois tornar-se um dos mais importantes músicos da Bossa Nova, tendo sido líder da Banda de Elis Regina por dez anos, que ali nascera Hianto de Almeida, um dos príncipes da Bossa Nova, amigo de Tom Jobim, Vinícius de Morais e João Gilberto. Hianto, aquele fez Mulher do ôi azul, em parceria com Chico Anísio e a viu ser gravada por Orlando Silva com arranjos de Tom Jobim. Lembrei que aquela é a terra que viu nascer Nazareno de Brito, que foi parceiro de Pena Branca e irmão de Gilson, autor de Casinha Branca.

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