O Centro perde terreno...... para a Zona Sul
Ainda pertencente à tradicional família Lamartine, o prédio do Cine Nordeste, que soma 1.400 metros quadrados de área construída, englobando uma lanchonete e a sede do PC do B, que também abandonou o imóvel, tornou-se mais uma vítima da modernidade tardia em Natal. O prédio ainda abrigou sessões de exorcismo de uma igreja pentecostal e, por último, recebia um público aficionado em cinema pornô. Seu fechamento, além de registrar uma vitória da tecnologia, em tempos de multiplex, DVD, vídeo e filmes piratas na internet, marcava, principalmente, a exclusão de uma populosa comunidade de seu último reduto no Centro – o segmento GLBT (gays, bichas, bissexuais e transgêneros) –, sem esquecer o volumoso e sempre crescente público de michês, cuja fidelização às sessões pornôs marcaram época no coração da cidade, nas pernas, bocas e bolsas das meninas. O ato simbólico demarcava, portanto, a perda desse território de caça no centro da cidade, como aspecto das mudanças urbanas que a capital vinha sofrendo. Foto.
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