Cineclube
Todos eles pessoas que lançavam, naquela década de transes fenomenais e de transas estruturais em Natal, quase que involuntariamente, a primeira e praticamente única política cultural de que se tem notícia, antes do prefeito Djalma Maranhão, reforçando na meninada buchuda de então o apreço pela cultura cinematográfica. Davam a devida importância ao cinema, naquilo que serviria para a formação de uma visão crítica do mundo. Daí as sessões de Cinema de Arte, criadas pelo Cineclube Tirol, tanto no Cine Rex como depois no Rio Grande e no Cinema Nordeste, divulgando a obra e as lucubrações de gênios do écran. Marcaram época esses personagens, vividos por atores que viravam ídolos nas mãos de diretores franceses da Nouvelle-Vague (“Nova Onda”), movimento francês que renovou o cinema no final dos anos 50, a discorrer elegantemente sobre temas existenciais de sua sociedade, e cuja galeria de diretores mais famosos incluía François Truffaut, Alain Resnais, Claude Chabrol, Jean-Luc Goddard e Louis Malle, entre outros. Os filmes eram estrelados por mitos como Catherine Deneuve, Fanny Ardant, Alain Cuny, José-Luis Villalonga, Jean-Marc Bory, Bertrand Morane e, principalmente, Jeanne Moreau, cada um, a seu modo, com suas poesias particulares, falando do amor.
quinta-feira, agosto 03, 2006
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