quinta-feira, agosto 03, 2006

Última sessão de gala

FedericoFellini

Já o Neo-Realismo italiano, cuja ideologia difundida entre seus realizadores, tanto para a estética quanto para a política, constitui um “estilo de época” do Cinema, hasteava a bandeira da representação objetiva da realidade social como forma de comprometimento político. Com o seu período mais produtivo e significativo entre os anos de 1945 e 1948, representava a sociedade por meio de uma ótica que privilegiava a realidade do povo, filmando a favela, a vila de pescadores, as ruas cheias de gente no centro da cidade.
Contam-se entre seus diretores mais famosos Luchino Visconti, Roberto Rossellini, Vittorio DeSica, que emolduram a rotina da classe trabalhadora urbana de então assombrada pelo desemprego, como ocorre hoje, além de Federico Fellini e Michelangelo Antonioni.
Por seu turno, o Neo-Realismo iria influenciar diversos cineastas brasileiros nas décadas de 50 e 60, dentre eles Nélson Pereira dos Santos, dando origem à estética da fome e do sonho, ao cinema pensado entre a política e a poesia, como é a essência dos filmes de Glauber Rocha, o maior expoente do Cinema Novo, movimento brasileiro surgido então.

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